quinta-feira, 3 de maio de 2012

BARRACA CANADENSE

Tudo na vida tem lá sua origem, menos o universo que até dias atuais os cientistas ainda batem a cabeça criando novas teses.
Minha velha barraca canadense branca e vermelha, não podia ser diferente, e eu não poderia deixar de contar sua origem...
Tudo começou na idéia de dar um perdido nos pais da minha namorada (atual esposa), como todo estudante que se preze, eu não podia fugir da regra, vivia na pindura,  gastando o pouco salário de começo de carreira como técnico com a mensalidade da facul, o combustivel do velho Passat GTS 82 que bebia horrores de gasolina, e alguns poucos que de vez em quando sobrava com a namorada.
Sem grana sobrando para pagar um hotel/chalé/pousada decente, numa procura pelo M.L, achei a foto da velha canadense, com seu vermelho e branco atraindo minha atenção, não podia ter outra saida, consumista que sou, com uma idéia fixa na cabeça, fui a compra. Descobri que os vendedores eram de Campinas S.P, minha cidade, consegui o contato telefônico, diblamos o M.L evitando as taxas cobradas,  marcado o local p/ encontro, lá fui eu com a grana contada no bolso e um sorriso de uma orelha a outra...
Chegando ao local, uma casa da década de 70, no bairro Vila Estanislau, fui recebido por 4 jovens, trajados de Jamaicanos, estilo Bob Marley, cabelos rastafari, verdadeiras figuras. Logo pegaram a velha canadense, e foram abrindo na garagem e dando dicas de montagem, proteger a barraca. Fiquei impressionado pela quantidade de dicas e detalhes de cuidados que aqueles 4 figuras me passaram, fica ai uma lição, “Não se deixe levar pela aparência, nem pela primeira impressão”.
A barraca estava em ótimas condições as quais cuido até hoje p/ preserva-la, a unica coisa que não me agradou, foi que a barraca era usuaria de Canibis. Levei  1 semana, deixando a barraca de molho, trocando a agua p/ retirar o cheiro de maconha impregnado no tecido dela.
Barraca lavada, nenhuma experiência de monta-la, respirar fundo e vamos a parte dificil, convencer a namorada que temia a repressão dos pais e as broncas futuras a encarar a aventura... essa parte fica o proximo post...
Um abraço.
Familia Costa.

2 comentários:

  1. HAHAHAHAH. "Barraca usuária de canabis" foi muito bom! hahahahaha

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    1. Pois é Daniel, era impressionante o cheiro que tinha na barraca, nunca usei nem ao menos experimentei essa erva, mas não tinha como não perceber, tava impregnado, até a lona de cobertura do dormitório tinha esse cheiro, muitos molhos, enxaguadas e quase um frasco de bom ar p/ tirar essa nhaca de lá.
      Eram 4 amigos que usavam ela, e acho que iam junto mais um galera com eles, eu imagino que a barraca deveria sair fumaça por todos os lados, com certeza essa barraca já deve ter visto muito disco voador, chupa-cabras duendes e gnomos nesses campings a fora. Ainda não tive curiosidade de procurar por fotos antigas de campings em São Thomé das Letras, mas creio que ainda vou achar essa barraca e esse pessoal por lá.

      Um Abraço.
      Familia Costa

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