Mostrando postagens com marcador BARRA DO UNA (Litoral Sul). Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BARRA DO UNA (Litoral Sul). Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

CAMPING DO PEDER

O feriado de 07/09 chegando, eu ainda sem decidir qual melhor destino seguir, as opções eram diversas.  Então o amigo Tiago da "Trips" via facebook faz o convite para descermos até Barra do Una, e afinal como sempre digo, Praia é Praia, tanto o adulto como as crianças se divertem de forma igual.
Fiz uma busca rápida pela internet e não encontrei muita coisa sobre o camping do Peder, achei algumas fotos de Barra do Una e fiquei encantado pela beleza e preservação do local, o único empecilho que ainda me deixava desconfortável era em relação ao acesso até lá, já que em certo momento da viajem, teríamos de andar um trecho de 18km em estradas de terra em meio a serra e a Mata Atlântica da Juréia, e como é de conhecimento de todos, regiões serranas chovem muito, e meu Fiesta carregado de tralhas não passa em atoleiros. O Tiago garantiu que a estradinha estava boa, na confiança que se desse algum problema no caminho, ainda teríamos o JPX 4X4 da "Trips" para nos rebocar, resolvemos encarar.
Saímos de Campinas na Sexta de madrugada (5:00 am), para não pegar trânsito, pouco antes de pegarmos a Anchieta, telefone toca, era o Tiago avisando que o Murphy estava de carona com ele, e seu JPX estava na oficina. Continuamos a descida desacreditando que a "Trips" ainda teria coragem de enfrentar uma oficina e mais o congestionamento p/ aproveitar a acampada. Chegando no Litoral nos deparamos com a Rod. P. Manoel de Nóbrega parada, resolvemos seguir pela Av. Governador Mário Covas, que estava completamente vazia e pudemos ir aproveitando a orla marítima até Mongaguá onde fizemos uma breve paradinha para a Andreza e as crianças se aliviarem, e logo em seguida comermos Pastel na Feira. Seguindo viajem, as 14:00 chegamos a temida estradinha de terra que começa em Guaraúna, a estradinha estava em ótimas condições, pudemos passar com tranquilidade os 18 km que se seguiam até o camping do Peder rendendo ótimas imagens dos trechos de Mata Atlântica na reserva da Juréia, em certos trechos dava até para escutar a algazarra dos macacos na copa das árvores.












Chegamos ao camping do Peder lá as 15:30, ao contrário do que acreditávamos, o camping estava cheio, já haviam bastante barracas montadas por lá, nem o próprio Peder colocou fé que nesse feriado o pessoal compareceria em peso.




Andamos pelo camping a procura do local ideal p/ montar nossa gigante T6.2, o melhor locar que encontramos foi ao lado da lanchonete, próximo a entrada do camping. Quando estávamos quase terminando de montar a barraca, para nossa felicidade surge a "Trips" e seus integrantes.
Descobri que em Barra do Una não tem açougues, eu que deixei para comprar  a carne do churrasco  por lá com medo de estragar durante a viajem, cai do cavalo, por sorte o Tiago levou a dele e pudemos fazer um churrasco na noite que caiu logo em seguida. Tive a oportunidade de estrear meu novo fogãozinho fazendo um arroz prático que basta apenas ferver em água com sal, (dica que pegamos com a Laryssa do "Camping & Família"). Todos cansados pelas longas horas de viajem logo fomos aos poucos se recolhendo, a noite foi tranquila, o sono veio veio rápido com o som do mar e a canseira da estrada congestionada.
O dia amanheceu quente, logo todos estavam de pé, café da manhã reforçado com vista privilegiada para o mar, e enfim todos a praia.
A praia em frente ao camping, era tudo aquilo que eu imaginava e muito alem, não se vê em lugar algum sinal de depredação, não existe ambulantes fantasiados de Teletubes, não se vê lixo jogado na areia nem manchas de óleo na água, menos ainda sujeiras trazidas pelo mar de outras praias, o lugar é um verdadeiro paraíso ecológico, merece todo respeito e deve ser preservado. As crianças puderam correr a vontade na areia, entrar no mar, brincar de fazer anjos na areia, fazer desenhos para as ondas apagarem. O Dudu perdeu totalmente o medo das ondas, tomando alguns caldos, e a Isa que sequer molhava os pés no raso, dessa vez se aventurou me seguir até onde as ondas faziam marolas, foram momentos de um verdadeiro sonho no paraíso.









Logo o sol do meio dia se aproxima, nos obrigando a buscar a tenda, dessa vez já escaldado de ver a tenda sair voando na viajem a praia de Suarão/Peruíbe, fiz as estacagens corretas, deixando ela bem firme na areia. A fome chegou, como ninguém queria sair da praia e voltar ao camping, e a carne que o Tiago trouxera já havia sido consumida, resolvi comprar alguns peixes e carvão e fazer uma "farofada" na areia. Nas proximidades do camping tem a vila dos pescadores, comprei os peixes limpos e frescos a preço de custo. Voltando ao camping, peguei meu velho "bafinho", o carvão e voltei a praia como um autêntico farofeiro, acompanhado do meu pequeno Dudu. Enquanto preparava a brasa e o peixe as mulheres voltaram a barraca preparar um arroz p/ acompanhar a farofada.


A tarde chegou, voltamos as barracas, o Tiago conhecia um mercadinho logo no inicio da estradinha de terra, deu a idéia de irmos até lá comprar mais cerveja e tentar achar carne para mais um churrasco. Idéia aceita, dessa vez com direito a passeio de Jeep, o Dudu chorou de vontade de ir no JPX, mas não deu p/ leva-lo, saindo do camping já deu para entender o conceito de estrada boa do nosso amigo da "Trips", com seu JPX, o Tiago pisa fundo e vai ignorando completamente a existência dos buracos e pedras no caminho, e graças a suspensão elevada do Jeep pouco se sente para quem esta dentro. Em certo ponto do caminho, mais uma surpresa, nosso amigo jipeiro, resolve cortar por baixo da ponte, e lá vamos nós atravessar o riacho pegando um barranco com inclinação lateral, Muito legal ver o JPX encarando a agua e o barranco, pena não ter levado a câmera para fazer esse registro. Chegando ao mercadinho, por conta do feriado e da demanda nos campings, não tinham boas opções de carnes para o churrasco, conseguimos comprar a um preço abusivo a ultima peça de patinho que ainda sobrava no açougue. Carne, cerveja e gelo garantido, correr de volta ao camping, fazer mais um churrasco.









Apesar de não termos nenhuma picanha, o churrasco de patinho até que ficou bom e macio, contrariando a 
mulherada que goravam o churrasco e diziam que a carne ficaria dura e ruim, o Tiago no seu violão animou a noite com seu repertório variado, as crianças brincavam de correr de um lado a outro do camping, depois que acabou a carne, aproveitei as brasas ainda quente junto com alguns gravetos que encontrei e fiz uma fogueira para a Isadora brincar junto com as novas amiguinhas do camping.
Em certo momento, fomos interrompidos pelo Peder, pedindo para respeitarmos o horário do som, apesar da cantoria não estar tão alta, regras são regras, e prontamente respeitamos, assim como todos os demais campistas que se encontravam por lá.
A mulherada e as crianças logo se recolheram, ficou somente eu e o Tiago tomando mais algumas latinhas de cerveja. A temperatura já caia nessa hora, então hora de recolher também.


O dia seguinte amanheceu nublado e um pouco frio, e assim seguiu até até a hora do almoço, olhando para o céu achando que ia cair água, resolvemos então que era hora de desmontar as coisas antes da chuva molhar as barracas, Murphy também é meteorologista, pois assim que as barracas estavam desarmadas e as coisas no carro, o céu se abriu completamente, sem mais nada a fazer, o jeito foi pegar estrada.



Resolvemos que antes de ir embora, passaríamos na Cachoeira do Paraíso, depois de muita estrada de terra e gigantes buracos, descobrimos que a cachoeira estava fechada, de acordo com os guardas ambientais, por medida de preservação, a visita se restringe em 270/pessoas/dia, os ingressos são dados gratuitamente na primeira portaria da Juréia. na próxima de cara já reservaremos nossos ingressos, ainda sim deu p/ brincarmos no rio que vem da cachoeira.





 Todos com fome, hora de passar em Guaraúna bater um almoço e logo em seguida encarar mais uma vez o congestionamento da volta do feriado.
Na volta, logo que chegamos a Mongaguá encontramos o trânsito parado, e por ali ficamos umas 2 horas, andando de metro em metro, por sorte caiu uma chuvinha gostosa para refrescar os ânimos, a melhor opção era subir a Anchieta, e fomos seguindo a Trips até o primeiro pedágio próximo a Cubatão, ai que eu percebi a necessidade de colocar na minha lista de comprar o "SEM PARAR", o Tiago seguiu pelo sem parar, e eu tive de encarar a fila do pedágio, logo mais o telefone toca, era a Mari (Trips), nos ligando para dizer que estavam esperando a gente logo mais a frente, como ainda teria de encarar outros pedágios a frente, e a fila que eu estava andava lentamente, pedi para que seguissem viagem sem a gente.

Alguns males vem para o bem, na cabine de pedágio me informei de como estavam as estradas, e a moça me disse que a subida pela Imigrantes estava tranquila, resolvemos então subir pela mesma, realmente estava tranquila, somente próximo a São Bernardo encontramos a pista parada novamente, mas dali eu já entrei pelo Rodo anel e sem mais problemas e com a estrada vazia chegamos rapidamente em casa.




Considerações finais.

-Valor da Diária no Camping do Peder: R$ 15,00/adulto, crianças free.
-2 baterias de banheiros, uma com 4 e outra com 6 duchas, algumas não funcionam, os banheiros infelizmente são ambos os sexos.
-Tem 2 locais para lava pratos.
-No camping vende carvão (R$10,00/saco) e gelo (nesse feriado o gelo tava em falta), alguns bares vendiam a garrafa Pet 2L congelada com água por R$3,00/cada.
-Na Vila dos pescadores tem peixes a venda (R$12,00/KG-pescada, e um outro não sei o nome por R$8,00/KG)
-No início da estrada de terra tem o Mercado/camping Vovó, ali tem açougue, gelo, carvão e demais itens, porem com um preços bem salgado.

Colocando na balança prós e contras, é um excelente lugar para acampar, tanto que para nossas próximas férias esse já é o destino oficial, ficaremos 2 semanas por lá.

Um abraço.
Família Costa