segunda-feira, 30 de julho de 2012

CAMPING CASCATA

Sábado 07/07/2012, tinha tudo para desistir desse passeio, o tempo começou a fechar na Quinta, na Sexta já fazia frio, a previsão do tempo era de chuva nos 3 dias do feriado, eu ainda tinha que trabalhar de manhã para concluir um trabalho. Cheguei em casa por volta do meio dia, desanimado, o trajeto para casa o tempo fechado e nuvens carregadas, abro o portão, meus pequenos correm para mostrar suas mochilas prontas, sussurro baixo para a esposa que vamos desistir.
 Nisso dou uma ligada para o Ricardo, blogueiro do Camping & Família, ver como andava os ânimos, informar da minha desistência. Graças a persistência e otimismo desse amigo, logo me convenceu de que com frio e chuva, ainda sim,  era melhor estar na barraca do que em casa na sala assistindo Faustão. Coragem retomada, correria geral para re-aprontar as malas e tuchar as coisas no carro.
 Saímos de casa lá pelas 15:00, com a idéia de que se chovesse no caminho pegaríamos o primeiro retorno de volta, conseguimos chegar a Cabreúva sem nenhum pingo de chuva, somente o tempo abafado que antecede o cair da chuva. Já na Estrada dos Romeiros em Cabreúva, poucos kilomêtros a frente começamos margear o Rio Tiête.


Nesse ponto longe de São Paulo, a poluição ainda mostra traços fortes com sua espessa camada de espuma branca, contrastando com o verde das montanhas, o forte odor nos obrigava a fechar as janelas do carro. A entrada do Camping Cascata fica as margens do Tiête, a primeira impressão é que esse acampamento seria marcado pelo fedor do rio, mas logo que se passa da portaria o camping é uma verdadeira reserva de mata Atlântica, as paredes de árvores conseguem isolar o fedor do Tiête para o lado de fora.





O camping praticamente fica encrostado na montanha, que por meios de platôs dividem por degraus as várias áreas de barracas, chalés, traillers e motor-homes. O camping conta com Lanchonete que serve café da manhã, porções e lanches, tem um restaurante que devido a baixa temporada se encontrava fechado, e um bar (Toca do Peixe) na parte mais baixa do camping que serve almoço, porções de peixe e variados com preço justo e comida boa.















O camping é bem simples, tem banheiros em todos os platôs, mas são poucos (1 masc./1 fem.), e mais pouco ainda é a quantidade de pontos de luz e tomadas, alem da fiação totalmente exposta a altura que as crianças facilmente conseguem alcançar e com vários pontos desencapados e sem isolação, o que nos fez redobrar a atenção com as crianças tentando evitar acidentes com choques.
 Logo que chegamos subindo o acentuado aclive que dá acesso aos platôs, nos deparamos com o pessoal da Trips e do Camping & Família, que nesse momento já se encontravam instalados, logo fomos nos apresentando, foi esse nosso primeiro encontro com outros blogueiros e suas famílias, antes disso só havíamos os conhecido por acompanhar seus blogs, todos nos receberam de corações abertos.
 Enquanto descarregava as tralhas do carro, as crianças sem cerimonia alguma já estavam totalmente a vontade e enturmadas com os filhos do Ricardo (Malu e Bia) e do Tiago (Pietro), dessa vez consegui com tranquilidade montar a barraca sem que o Dudu ficasse tirando as coisas do lugar. Barraca montada, fiação e iluminação instaladas, nossa pequena vila familiar de barracas estabelecida.


Nossos amigos (Ric/Tiago) foram atrás do carvão e álcool para rolar um churrasco nos minutos restantes de Sol, o camping apesar de vender gelo e carvão, nesse dia não tinha nenhum para venda, ainda sim conseguimos uma sobra de carvão e um pouco de álcool para acender com algum custo a churrasqueira. Logo apareceu outro amigo, o Gera com sua esposa e seu pequeno bebe, por conta do frio e precaução com seu pequeno filhinho esse nosso amigo ficou no chalé, mas dava para ver no olhar do Gera a vontade estampada de querer estar ali acampado.

 Pouco depois da churrasqueira acesa, mal tinha acabado de sair a primeira leva de linguiça, e outro nosso amigo, dessa vez não tão querido resolve dar as caras, ele mesmo o "Murphy", que logo na sua passagem trouxe a chuva, apagando as brasas da churrasqueira e nos fazendo correr para dentro das barracas, sem outra opção, nada mais restou do que arrumar as camas e dormir com o barulho da chuva na lona da barraca. A Quechua T6.2 aguentou bem a forte chuva e ventos que insistiram em ficar até a madrugada, junto a chuva o frio chegou rápido e passamos uma noite gelada, eu e a Andreza agarrados as crianças.


De manhã a chuva já havia ido embora, só ficando o frio e a grama molhada, as crianças logo que acordaram já perguntavam dos novos amiguinhos que haviam feito, do lado de fora se escutava a pequena Malu (filha do Ricardo) chamando pela Isadora. "-Menininha, menininha..."
Não conseguimos segurar as crianças dentro da barraca, logo sairam correr na grama molhada junto as outras crianças. Resolvemos tomar o café da manhã na lanchonete do camping, apesar das poucas opções no cardápio, deu para comermos pão de queijo assado na hora e um bom e quente copo de café.




Logo mais as outras crianças também já haviam subido p/ o play que ficava em frente a lanchonete, a farra rolava solta enquanto o Sol da manhã nos esquentava. As mulheres sentadas na guia não paravam de falar.
Ainda pela manhã todos resolvemos descer até a cachoeira que fica localizada na entrada do camping, encarando o frio e as pedras escorregadia para registrar as belas imagens.




Da cachoeira, esticamos até o o bar (Toca do peixe) para conhecer o lugar, esse um lugar bem simples, fica no pé do pesqueiro, na entrada as crianças se encantaram com uma velha gaiola que estava estacionada ao lado do bar, logo atrás do bar, na parte represada do pesqueiro se encontram algumas placas apontado para as "duchas", que na verdade se trata do ponto do vertedouro da pequena represa onde a agua que transborda em veios formam pequenas cascatas para o proveito dos turista. Ótima opção para um dia de calor, mas nesse dia de frio, passo longe dessa oportunidade.





Voltando ao nosso acampamento, já quase pelo meio dia, resolvemos todos refazer o churrasco que foi interrompido no dia anterior, a churrasqueira molhada foi o maior desafio dessa vez, com muito custo, o fogo acendeu e logo as carnes já eram servidas, a esposa do Ricardo logo aprontou um arroz que posso dizer ser de um sabor delicioso e excelente preparo.

Ao final do churrasco, o avançar da tarde já dava inicio a queda da temperatura, antes que a noite chegasse, resolvemos dar uma volta pela cidade, saímos e o restante do pessoal preferiu ficar curtindo o camping. Ainda na estrada dos Romeiros, encontramos várias romarias de cavalos e charretes, em alguns pontos onde existem vários bares, os jovens se amontoavam com os porta malas abertos e som alto rolando solto, no caminho passamos pela Fazenda do Chocolate, e já programamos esse o passeio para o dia seguinte.
Chegamos ao centro de Itu pouco antes de começar anoitecer, como as crianças brincaram muito e comeram pouco, assim que paramos o carro começaram a reclamar da fome, por sorte estacionei ao lado de uma pizzaria (The Flash´s restaurante/choperia/Pizzaria) que fica na praça Matriz. Pedimos uma Pizza que chegou rapidamente, para acompanhar pedi um chopp. Logo que terminamos, fomos dar uma passeio na praça, as crianças correram ver o famoso Orelhão, jurando que ali morava um Gigante, em seguida fomos caminhando até a Praça da Independência onde as crianças puderam brincar mais um pouco no parquinho e depois comermos pipoca sentados no banco da praça. Com a temperatura caindo cada vez mais, voltamos ao camping, no caminho de volta, descobrimos que no estacionamento do Plaza Shopping tinha um circo instalado (big brothers cirkus), não resistimos e fomos dar uma olhada, mas infelizmente, saímos com poucos agasalhos e já não dava mais para suportar a queda da temperatura, as crianças sem entender, voltaram chorando no banco traseiro (sobre o circo, achei melhor um post somente dele, confiram logo mais).
Na chegada ao camping, nos deparamos com o pessoal fazendo Pizza na barraca do Tiago, nesse momento, já com a barriga cheia, mal conseguia sentir o cheiro do queijo derretido sem que o estômago reclamasse, puxamos uma cadeira e fomos nos juntar aos demais para curtir o frio com um pouco de vinho.

 Logo o Ricardo e Tiago formaram uma dupla e soltaram a voz, alegrando a noite gelada, enquanto eu e Andreza dividíamos uma colcha tentando nos aquecer, as crianças brincavam com as lanternas em aventuras imaginárias e correndo para todos os lados. Em num determinado momento a Isadora e o Dudu vieram até a gente reclamar do "calor", se via seus rostinhos vermelhos e queimados pelo calor do corpo e o frio da noite gelada.





Condensação de água dentro da barraca
Não demorou muito para as crianças que no agito do dia pularam o sono da tarde começarem a ficar "chatinhas", e com o frio que fazia nesse momento, ir dormir dentro da barraca quentinha era uma das melhores opções. O pessoal ainda ficou até de madrugada conversando, as outras crianças também caíram de cansaço e sono em suas respectivas barracas, eu e a Andreza que já havíamos nos esquentado dentro da nossa barraca enquanto fazíamos as crianças dormirem, não tivemos mais coragem de sair para fora, só restou deixar o sono nos pegar.


Logo que a claridade do amanhecer do dia chegou, eu já sem sono não conseguia mais ficar deitado, sai logo cedo para explorar o camping, já que as crianças e a Andreza estavam em sono profundo, tive a oportunidade de poder fazer minha caminhada matinal.
O orvalho da madrugada cobria todo o camping, como estávamos cercados por montanhas, a luz do Sol começava chegando primeiro ao seu topo, e lentamente ia descendo clareando todo o vale, mais a frente descobri uma trilha que saia na parte de cima da cachoeira, resolvi encarar, o caminho era ingreme e por conta da chuva do dia anterior estava totalmente escorregadio, mesmo assim nada que dificultasse a aventura, consegui chegar até a cachoeira e tirar mais algumas fotos, na volta a subida pegou, deu para sentir uma leve canseira. De recompensa passando em frente a lanchonete que nesse momento já estava funcionando pude tomar meu café acompanhado de um pão na chapa bem quentinho.





Desci até as barracas e o pessoal já estavam começando a acordar, o sol esquentava nossa pequena vila, as barracas estavam molhadas pelo orvalho, ali já planejamos todos de irmos até a Fazenda do Chocolate, dando assim um tempo para que o Sol secasse nossas barracas, para mais tarde desarmamos o acampamento, logo que todos tomaram seus café, cada um a seu modo, partimos em comboio até a Fazenda do Chocolate.


Na fazenda do Chocolate, ao contrário do que imaginávamos, não encontramos nenhuma grande linha de fabricação de chocolates, nem velhos e enormes tachos de chocolate derretido sendo mexido pela "Tia Anastácia e Dona Benta", menos ainda os Oonpa Loompas (anões da fantástica fábrica de chocolates) andando na fazenda carregando cestas de guloseimas, o que tem na realidade é uma pequena sala com porta de vidro sem muito destaque onde se pode espiar parte do processo de fabricação do chocolate.

No demais a fazenda se resume nos estábulos onde se pode ver alguns cavalos, vacas e pôneis, o lago onde tem enormes carpas, o aviário, o parquinho, o restaurante, passeio de charrete e pôneis, e uma lojinha de chocolate, uma vinícola onde você pode comprar vinhos artesanais, licores, queijos e manteigas.



As crianças correram por toda a fazenda, um dos pontos que deixa a desejar é a segurança das crianças em relação ao lago que não tem nenhum guarda peito ou mureta, sendo nesse ponto onde as crianças na maioria do tempo se concentravam para jogar farelos aos patos e carpas. A fazenda é muito bonita, tem ótimos pontos para se tirar boas fotos.









O preço do chocolate vendido lá é um tanto salgado para o bolso, apesar de ser um produto artesanal e ter lá o seu diferencial, os vinhos e licores são vendidos a um preço razoável, não cheguei a comprar nenhum por falta de ter disponível alguma amostra para que se pudesse sentir o gosto no paladar.
Depois do passeio na fazenda do chocolate, voltamos em comboio para o camping, o Sol nesse ultimo dia apareceu com força, já era hora de desmontar as barracas, com as crianças entretidas entre si, pudemos desmontar com tranquilidade nossas barracas e conseguir compactar tudo dentro no nosso pequeno Fiesta Hatch. O platô sem nossas barracas, dava espaço ao gramado, deixando ali um pouco de saudosismo dos bons momentos que tivemos. Já se passava do meio-dia, resolvemos todos dar uma ultima passada na cachoeira ao pé do camping e depois almoçar no "Toca do Peixe".

Em sentido horário (Isadora/Bia/Pietro/Malu)
As crianças no restaurante pegaram uma mesa só para elas, somente o Dudu o mais pequeno da turma, já com sono e dando um pouco de trabalho ficou na mesa dos adultos, as porções de peixe acompanhadas com o'rings e arroz saciaram nossas fomes, a conversa na mesa rolava sobre qual o camping que faríamos nosso próximo encontro, na mesa das crianças, hora ou outra rolava algum desentendimento entre os pequenos, afinal, quem muito ri, também chora, e com o cansaço dos dias de camping, as crianças já estavam bem acabadinhas.
Depois do almoço, o pessoal se reuniu mais uma vez na cachoeira, dessa vez para tirarmos a foto oficial do encontro dos Blogs (OsCostas, Trips, Camping & Família), registrando assim mais um fechamento de uma aventura com nossas famílias.

Esquerda p/ direita (Isa/Eduardo/Dudu/Andreza/Tiago/Mari/Pietro/Bia/Laryssa/Malu/Ricardo)
Ali nos despedimos dos nossos amigos, eles seguiram adiante, mas eu ainda tinha uma promessa a cumprir, e não poderia voltar sem antes passar no Circo, afinal as crianças não me deixavam esquecer desse compromisso, mas esse vai ficar para o próximo post.

Abraços
Família Costa.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

CAMPING FAZENDA DAS PEDRAS

 Depois de muitas idas e vindas na loja da Decatlon, coloca e tira a barraca do carrinho, finalmente com a empolgação das férias, respirei fundo, fui na loja e comprei a bendita Quechua T6.2, aproveitei o desconto da primeira compra pelo cartão da loja e já comprei uma mesa dobrável com 4 cadeiras da Quechua, no meu conceito uma excelente aquisição.
 Barraca comprada, sorriso bobo no rosto, correndo para casa mostrar a novidade para a esposa e as crianças, todos empolgados e loucos por uma acampada nas férias, já havíamos perdido duas oportunidades de acampar com a velha canadence (Camping do Noé em S.Thomé das Letras e Camping Pedra Grande em Atibaia), em uma das oportunidades o pequeno Dudu estava com a garganta inflamada e na outra meu carro estava na funilaria, ainda sim faltava mais uma semana para terminar as férias e eu ainda tinha as esperanças. São Pedro não dava trégua, chuva quase todos os dias e frio, eu mesmo já estava começando a ficar conformado e não estrear a nova barraca, e descrente das possibilidades, amargando a chegada do ultimo final de semana em casa.
 Bem no ultimo fim de semana das férias para "nossa alegria" o Sol que estava desaparecido resolveu dar a cara. Sem pensar nem planejar, eu e a Andreza resolvemos de ultima hora no Sabado mesmo jogar as coisas no carro e partir para algum lugar, de imediato iriamos para Avaré S.P, mas com medo da mudança repentina de tempo, resolvemos ficar pela região, busca rápida no guia de camping (MACAMP), achamos 3 boas opções, (Carrion, Chapeu do Sol, e Fazenda das Pedras), os preços eram quase os mesmos, decidi pelo Fazenda das Pedras.
Colocamos rápido as coisas no carro antes que em algum momento cogitasse em desistir, logo a primeira vantagem da nova barraca já se tornou evidente, o espaço ocupado por ela e a mesa no porta malas era menos que a metade do que a velha canadense com toda sua estrutura de ferro ocuparia. Dessa vez coube tudo dentro do carro e nem precisei fazer gambiarra alguma para levar as cadeiras de praia junto.


Saimos de casa por volta das 16:00, parando no caminho para ir comprando as coisas que aos poucos lembravamos que tinham ficado para tráz devido a pressa. Chegamos em Itu por volta das 18:30, já era escuro, e ainda nem sabiamos onde ficava o camping, pedindo informações conseguimos achar o caminho, dando paradinhas em varios lugares, começando a montar a barraca por volta das 20:00.



 Apesar de gigante, a montagem da barraca é simples, perdi muito tempo nessa primeira montagem por falta de experiência na nova barraca e tambem por já ser a noite e a unica iluminação que contava era a do farol do carro e das minhas luminárias. (Corrigido o problema de super aquecimento que aconteceu em Joanópolis, colocada lâmpadas de acordo com a voltagem correta e trocadas de incandescentes por fluorescentes, nem sequer esquentou dessa vez, funcionamento 100%).
 Até arrumarmos todas as coisas, ligar a parte elétrica, descarregar o carro, já se passavam das 23:00,  resolvemos cansados, sujos e com fome dar uma saidinha pela cidade em busca de algum lugar legal para comer, como já era tarde, estavamos mais para um lanche do que para uma refeição completa, decidimos pelo "Sandubão" que ficava logo na entrada de Itu, lugar era conceito 3B (Bom, bonito e barato).
 Voltando ao camping para tirar o merecido descanso, bateu a preocupação, tava muito frio, ventava bastante e dava para escutar alguns trovões de longe, tudo indicava que viria um temporal daqueles. Mas o vento forte dissipou as nuvens carregadas e de ruim mesmo só o frio, como não lembramos de trazer isolantes térmicos, mesmo com muitos cobertores e edredons, dava para sentir o frio que subia do chão, o colchão de ar gelou completamente, ficamos a noite toda dormindo abraçados as crianças para aquece-las com o calor do corpo e virando de um lado para outro na tentativa de esquentar o lado que ficava em contato com o colchão frio.





Tudo na vida tem lá sua recompensa, o dia seguinte amanheceu ensolarado e quente, os ventos sumiram e ja dava um mormaço gostoso logo pela manhã. acordamos por volta das 9:30 e corremos logo nos arrumar para pegar o café da manhã no restaurante que somente ia até as 10:00, chegamos em cima da hora. O café foi legal, varias opções de pães, queijo, presunto, geléia e um delicioso suco natural. Campista paga 15,00/pessoa, criança não paga. O restaurante é bem legal, foi feito sem que as pedras fossem removidas do local, o que deu uma arquitetura perfeita, o salão de jogos conta com mesas de sinuca e uma série de fliperamas, com vista panorâmica.

























Depois do café da manhã com o Sol deixando a temperatura gostosa nada parecida com o frio que dominou as semanas anteriores, resolvemos desbravar o local, logo de imediato as crianças descobriram os diversos parquinhos que tem espalhado por toda área do camping. No vão que ficavam entre as pedras as crianças diziam ser ali o esconderijo do "Batman". A área toda do camping é repleta de gigantes pedras espalhas e empilhadas umas sob as outras, por isso o nome "Fazenda das Pedras", ali elas ficam com se estivessem pastando. No caminho até o mirante, com uma maquina fotográfica e um pouco de inspiração a paisagem e a natureza te recompensam com boas imagens.









Assim que voltamos a barraca, as crianças ficaram loucas de vontade de entrar na piscina, ainda mais que nossa barraca estava montada bem em frente as piscinas, toboagua e piscinas infantis, tudo era muito atrativo, até mesmo com o frio e a água super gelada. Durante todo o tempo que ficamos lá, poucos hóspedes que estavam em chalés se aventuraram a entrar na agua. As crianças na empolgação e na insistência conseguiram me convencer a deixa-las entrar na agua. Enquanto as crianças brincaram eu aproveitei para relaxar e respirar o ar limpo do campo.










Olhando o mapa do camping com suas atrações, vi que existia uma trilha que nos levaria a um lago, agitei a esposa e as crianças para fazer mais uma exploração, a trilha é tranquila, bem gostosa para se fazer, começa entrando no meio do bosque logo atráz do toboagua e vai passando por uma APA muito bem preservada onde é possivel ver veios de agua brotando no chão.


A trilha começa descendo por uma escadinha bem acentuada, e vai sinuosamente passando por entre as pedras, a impressão que se tem é que a natureza vai te engolir a qualquer momento, ou como minha filha dizia, a casa da "bruxa" era por ali.
 As árvores se fecham a ponto de em alguns trechos não permitir a passagem da luz, os cipós ligam as copas das árvores umas nas outras fazendo uma enorme cobertura, em alguns trechos algumas clareiras tornam a área chamativa para um camping selvagem sem luz elétrica nem banheiros ou lava pratos por perto, nessa área é permitido a montagem de barracas, desde que se mantenha o local conservado, eu mesmo fiquei com vontade de uma aventura mais radical, pena as crianças ainda serem pequenas demais para encarar algo assim.




 Descendo a ultima escadinha já se pode ter a primeira visão da lagoa, de água verde com coloração densa, o lago forma um gigantesco espelho, as crianças ficaram encantadas, de tão lindo o lugar, minha filha perguntou se ali moravam as "Sereias".









 Logo a frente encontramos uma bica de água, enquanto minha esposa relutava tentando nos explicar os riscos de tomar da água sem tratamento, eu e as crianças na mais completa empolgação saciamos nossa sede nessa bica com a mais pura, cristalina e gelada água, me arrependo de não ter levado comigo um galão para reabastece-lo. No final até mesmo minha esposa tambem aderiu a nossa empolgação constatando que ali não haveria risco algum. Depois do lago veio a subida, e dessa vez não tinhamos a copa das árvores para amenizar o Sol, as crianças já cansadas pediam colo, eu e a Andreza revezavamos entre o Dudu e a Isadora, dando longas paradas para descansar os braços, e em cada parada de bônus a natureza contemplavam-nos com suas belas paisagens, o ar puro do campo e a brisa que refrescava e nos dava condições para encarar o restante da trilha. Logo no final da trilha, quase próximo do mirante, descobri que ali estava uma galera acampada, acho que umas 3 barracas iglus, não cheguei a ver ou fazer algum contato com o pessoal que ali acampavam, mas fiquei na curiosidade de conhece-los, o cansaço da subida e de carregar as crianças no colo ou nas costas nessa hora só me dava vontade de chegar logo a nossa barraca. Tirando o cansaço, essa trilha valeu muito a pena, mesmo tendo de carregar as crianças, com certeza numa próxima acampada por lá, farei tudo de novo.







 Já era hora do almoço, depois da caminhada a fome bateu forte, o camping estava vazio e sobravam churrasqueiras espalhadas por todos os cantos, apesar de termos uma churrasqueira em frente a nossa barraca, escolhemos uma que ficava um pouco mais distante, porque em sua volta era cheio de árvores e mesinhas, comprei um saco de carvão e outro de gelo na lanchonete da piscina, as carnes eu tinha levado de casa, foi só acender o carvão e preparar o churrasco. As crianças brincavam de juntar as pinhas que caiam das árvores e hora ou outra iam com fome até a churrasqueira para ver se tinha alguma coisa pronta.








Depois do almoço lá pelas 16:00, na tentativa de uma descansadinha rápida nas sombras que se faziam ao lado da barraca, com a temperatura agradável, e a barriga cheia o sono já nos rodeava, enquanto eu trazia de volta as coisas que haviamos levado para a churrasqueira, as crianças ja se acomodavam nas cadeiras de praia, apesar do sono tentar pega-las, eles bravamente relutaram, não dando descanso algum para mim ou para minha esposa. A Isadora empolgada em ver o tal "orelhão gigante" não parava de me cobrar, não houve outra saída senão colocar todos no carro e partir em busca do orelhão. Na cidade, não havia nenhuma placa indicando os pontos turísticos, as informações que iamos pegando com os cidadãos local nos fizeram andar em círculos por longo periodo, nisso as crianças no banco traseiro roncavam devido a canseira da trilha e do sono acumulado. Depois de muitas idas e vindas, encontramos a famosa praça, as crianças com sono nem mais ligavam para o achado, acordando mal humoradas não queriam mais nada, ainda sim tiramos algumas fotos, e visitamos alguns pontos turísticos ali próximo, ficando para o dia seguinte voltar mais uma vez e até mesmo comprar algumas lembranças nas lojas que devido o horário já estavam fechando.


Fomos até uma praça logo atrás da igreja, lá comemos lanches nos quiosques, as crianças ainda brincaram mais um pouco na praça. Antes de voltar a barraca ainda ficamos todos juntos comendo pipoca sentados no banco da praça ouvindo musicas clássicas que saiam do chafariz iluminado cujas águas jorravam de forma variada e sincronizada com o ritmo da musica.
Voltamos ao camping para encarar mais uma noite de frio, as crianças depois do cochilo no carro estavam a 1000/hora, ficamos por um tempo conversando dentro da barraca, tudo corria perfeito demais para um camping, ainda mais nesse que tudo foi feito na pressa sem planejamento algum, até comentava com minha esposa, que era até estranho a falta de algum imprevisto, nisso, da calada da noite, de algum lugar sinistro, surge nosso conhecido e nada querido visitante, o detestável senhor "Murphy". Enquanto as crianças brincavam de pula-pula em um dos colchões infláveis, um estranho barulho começa a incomodar, algo como um "schiiiiii". Um dos colchões acabara de furar, pouco antes de dormirmos, sem remendos, nem isolantes térmicos, a unica opção era dormirmos todos num só colchão, mas devido a nossas estruturas física, e pela lei da ciência que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, vimos que era impossível passar mais uma noite lá nessas condições, com as crianças chorando de sono e decepção de ali acabar o acampamento, não restou muito alem de colocar tudo no carro, desmontar a barraca e partirmos rumo para casa. Saímos do camping no domingo por volta das 23:30, decepcionados pelo fechamento dessa história, até mesmo o rapaz da recepção no momento que fomos embora ficou comovido por esse triste fechamento, nem mesmo quis cobrar pela segunda diária que havia começado as 18:00. No caminho de volta para casa, o silêncio imperava no carro, em alguns olhares que trocava com minha esposa pelo caminho, não tinhamos nem o que falar um ao outro. Esses dias ainda chateado, organizando as fotos para montar esse post, olhando no blog dos amigos campistas, vi que teremos mais um camping de inverno em Cabreuva no próximo feriado de 09/07, com certeza, estaremos lá e dessa vez a água benta vai junto para nos proteger de encosto do "Exu Murphy".
Informações Basicas.
Valor diária: R$25,00/pessoa (crianças até 5 anos não pagam)
Café da manhã: R$12,00/pessoa
Almoço/Jantar: R$ 30,00/kg
Passeio a cavalo: R$ 15,00
Tem várias baterias de W.C (masc/fem) espalhados pelo camping, chuveiro quente
Voltagem: 220V

Um abraço.
Família Costa.