Fiz uma busca rápida pela internet e não encontrei muita coisa sobre o camping do Peder, achei algumas fotos de Barra do Una e fiquei encantado pela beleza e preservação do local, o único empecilho que ainda me deixava desconfortável era em relação ao acesso até lá, já que em certo momento da viajem, teríamos de andar um trecho de 18km em estradas de terra em meio a serra e a Mata Atlântica da Juréia, e como é de conhecimento de todos, regiões serranas chovem muito, e meu Fiesta carregado de tralhas não passa em atoleiros. O Tiago garantiu que a estradinha estava boa, na confiança que se desse algum problema no caminho, ainda teríamos o JPX 4X4 da "Trips" para nos rebocar, resolvemos encarar.
Saímos de Campinas na Sexta de madrugada (5:00 am), para não pegar trânsito, pouco antes de pegarmos a Anchieta, telefone toca, era o Tiago avisando que o Murphy estava de carona com ele, e seu JPX estava na oficina. Continuamos a descida desacreditando que a "Trips" ainda teria coragem de enfrentar uma oficina e mais o congestionamento p/ aproveitar a acampada. Chegando no Litoral nos deparamos com a Rod. P. Manoel de Nóbrega parada, resolvemos seguir pela Av. Governador Mário Covas, que estava completamente vazia e pudemos ir aproveitando a orla marítima até Mongaguá onde fizemos uma breve paradinha para a Andreza e as crianças se aliviarem, e logo em seguida comermos Pastel na Feira. Seguindo viajem, as 14:00 chegamos a temida estradinha de terra que começa em Guaraúna, a estradinha estava em ótimas condições, pudemos passar com tranquilidade os 18 km que se seguiam até o camping do Peder rendendo ótimas imagens dos trechos de Mata Atlântica na reserva da Juréia, em certos trechos dava até para escutar a algazarra dos macacos na copa das árvores.
Descobri que em Barra do Una não tem açougues, eu que deixei para comprar a carne do churrasco por lá com medo de estragar durante a viajem, cai do cavalo, por sorte o Tiago levou a dele e pudemos fazer um churrasco na noite que caiu logo em seguida. Tive a oportunidade de estrear meu novo fogãozinho fazendo um arroz prático que basta apenas ferver em água com sal, (dica que pegamos com a Laryssa do "Camping & Família"). Todos cansados pelas longas horas de viajem logo fomos aos poucos se recolhendo, a noite foi tranquila, o sono veio veio rápido com o som do mar e a canseira da estrada congestionada.
O dia amanheceu quente, logo todos estavam de pé, café da manhã reforçado com vista privilegiada para o mar, e enfim todos a praia.
A praia em frente ao camping, era tudo aquilo que eu imaginava e muito alem, não se vê em lugar algum sinal de depredação, não existe ambulantes fantasiados de Teletubes, não se vê lixo jogado na areia nem manchas de óleo na água, menos ainda sujeiras trazidas pelo mar de outras praias, o lugar é um verdadeiro paraíso ecológico, merece todo respeito e deve ser preservado. As crianças puderam correr a vontade na areia, entrar no mar, brincar de fazer anjos na areia, fazer desenhos para as ondas apagarem. O Dudu perdeu totalmente o medo das ondas, tomando alguns caldos, e a Isa que sequer molhava os pés no raso, dessa vez se aventurou me seguir até onde as ondas faziam marolas, foram momentos de um verdadeiro sonho no paraíso.
Apesar de não termos nenhuma picanha, o churrasco de patinho até que ficou bom e macio, contrariando a
mulherada que goravam o churrasco e diziam que a carne ficaria dura e ruim, o Tiago no seu violão animou a noite com seu repertório variado, as crianças brincavam de correr de um lado a outro do camping, depois que acabou a carne, aproveitei as brasas ainda quente junto com alguns gravetos que encontrei e fiz uma fogueira para a Isadora brincar junto com as novas amiguinhas do camping.
Em certo momento, fomos interrompidos pelo Peder, pedindo para respeitarmos o horário do som, apesar da cantoria não estar tão alta, regras são regras, e prontamente respeitamos, assim como todos os demais campistas que se encontravam por lá.
A mulherada e as crianças logo se recolheram, ficou somente eu e o Tiago tomando mais algumas latinhas de cerveja. A temperatura já caia nessa hora, então hora de recolher também.Em certo momento, fomos interrompidos pelo Peder, pedindo para respeitarmos o horário do som, apesar da cantoria não estar tão alta, regras são regras, e prontamente respeitamos, assim como todos os demais campistas que se encontravam por lá.
Na volta, logo que chegamos a Mongaguá encontramos o trânsito parado, e por ali ficamos umas 2 horas, andando de metro em metro, por sorte caiu uma chuvinha gostosa para refrescar os ânimos, a melhor opção era subir a Anchieta, e fomos seguindo a Trips até o primeiro pedágio próximo a Cubatão, ai que eu percebi a necessidade de colocar na minha lista de comprar o "SEM PARAR", o Tiago seguiu pelo sem parar, e eu tive de encarar a fila do pedágio, logo mais o telefone toca, era a Mari (Trips), nos ligando para dizer que estavam esperando a gente logo mais a frente, como ainda teria de encarar outros pedágios a frente, e a fila que eu estava andava lentamente, pedi para que seguissem viagem sem a gente.
Considerações finais.
-Valor da Diária no Camping do Peder: R$ 15,00/adulto, crianças free.
-2 baterias de banheiros, uma com 4 e outra com 6 duchas, algumas não funcionam, os banheiros infelizmente são ambos os sexos.
-Tem 2 locais para lava pratos.
-No camping vende carvão (R$10,00/saco) e gelo (nesse feriado o gelo tava em falta), alguns bares vendiam a garrafa Pet 2L congelada com água por R$3,00/cada.
-Na Vila dos pescadores tem peixes a venda (R$12,00/KG-pescada, e um outro não sei o nome por R$8,00/KG)
-No início da estrada de terra tem o Mercado/camping Vovó, ali tem açougue, gelo, carvão e demais itens, porem com um preços bem salgado.
Colocando na balança prós e contras, é um excelente lugar para acampar, tanto que para nossas próximas férias esse já é o destino oficial, ficaremos 2 semanas por lá.
Um abraço.
Família Costa